terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

O ESPERANTO NO I ELAEL

      De 6 a 12 de fevereiro, na UnB estará acontecendo o I ELAEL - Encontro Latino Americano de Estudantes de Letras - cujo tema é IDENTIDADE E INTEGRAÇÃO LATINO AMERICANA.
      A Liga Brasileira de Esperanto participa do Encontro com um estande de publicações e folhetos informativos sobre a língua internacional.
      Mesmo ainda  desconhecido por muitos estudantes de Letras, o esperanto pode, em breve, ser uma língua optativa no ensino médio, de acordo com o projeto de autoria  do senador Cristovam Buarque.
     
      Para mais esclarecimentos sobre a língua universal criada pelo judeu Lázaro Luiz Zamenhof, o Núcleo  de Base Educação e Cidadania (NBEC) entrevistou Adair Areda, há muitos anos parceiro da professora Amélia Barbosa na divulgação do esperanto em Brazlândia.

NBEC - O que é esperanto?
ADAIR - É a língua internacional, a língua de todos os povos, sem fronteiras e sem barreiras, voltada para uma cultura de paz. Esperança daqueles que sonham com um mundo mais justo e fraterno.

NBEC - O esperanto tem vínculo com alguma religião?
ADAIR - Se entendermos a religião no sentido de "religare", de algo que nos religa ao criador e às criaturas, sim. Mas com as religiões sectárias e dogmáticas, não. Tanto que existem , sobretudo no Leste europeu, esperantistas socialistas e ateus.

NBEC - Por que estudar esperanto?
ADAIR - O uso da linguagem como meio de comunicação nas inter-relações tem sido instrumento de dominação. Aqueles que se alinham com a construção da paz,  da amizade e respeito entre os povos , que valorizam a diversidade linguística e cultural respeitando os direitos das minorias, deixam de lado as línguas dos colonizadores e optam pelo esperanto.

NBEC - Qual é a situação do movimento esperantista no Brasil e no mundo?
ADAIR - O movimento é forte, organizado e crescente . Existem falantes da língua em todas as partes do mundo. Desde 1905, todos os anos ( exceto nos períodos de guerras) há congressos internacionais com a participação de dezenas de países. A cada ano , o congresso acontece em um país diferente. Existe a Associação Mundial de Esperanto (UEA) com sede na Holanda. No Brasil, há associações  esperantistas e a  Liga Brasileira de Esperanto, responsáveis por cursos, congressos e venda de publicações.

NBEC - Em que continente o esperanto é mais falado?
ADAIR - Na Europa, se concentra o maior número de falantes . No parlamento europeu, existem parlamentares esperantistas que lutam para que haja uma moeda e uma língua única.

NBEC - Há cursos de esperanto no Distrito Federal?
ADAIR - Há cursos no Plano Piloto, na Associação Brasiliense de Esperanto, que fica no Edifício Rádio Center; em Taguatinga, no Edifício Paranoá Center; em Sobradinho, na UnB e em Brazlândia, na Escola Curumim. 

*Os cursos são gratuitos ou com pagamento de pequenas taxas semestrais.

NBEC - O que representa o esperanto para você?
ADAIR -  É um tratado filosófico de paz, instrumento de emancipação do homem, que resgata a comunicação igualitária e democrática, os direitos linguísticos. Enfim, uma língua fácil, acessível, funcional, de gramática simples e lógica que me abriu as portas do mundo.

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