O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), precisou se mexer. Dois secretários seus exoneraram-se nesta semana, envolvidos em uma máfia de fraudes médicas em hospitais do Estado. Ele teve de anunciar mudanças e investigações no setor. O escândalo cresce a cada dia, com a ampliação das apurações policiais. PT e PCdoB tentam abrir uma CPI na Assembleia, em um momento político raro, em que a base aliada do governador tucano tem se mostrado indisposta com a aprovação de seus projetos.
O escândalo começou a ser contado em reportagem da Rede Globo, no domingo 19, focada no Hospital de Sorocaba. Ao longo da semana, o Ministério Público e a polícia mostraram que as fraudes atingem outras unidades, como o Hospital das clínicas de São Paulo. Não basta que cidadãos morram sem socorro, enquanto médicos recebem por plantões nunca realizados, pois o esquema fraudaria também licitações. O descontrole nos pagamentos chega ao ponto de faturarem por inviáveis jornadas de 31 horas diárias.
*Carta Capital
Nenhum comentário:
Postar um comentário