Numa eleição acirrada, o ex-ministro de do governo Lula, José Graziano da Silva, superou o adversário espanhol Miguel Moratinos na disputa pelo sucessr de Jacques Diouf no comando da FAO por 92 votos a 88.
O Brasil conquistou assim seu primeiro posto de relevo entre as organizações internacionais. Graziano era o candidato dos países pobres que lutam contra o subdesenvolvimento e o poder neocolonial dos mercados mundiais, sobretudo de alimentos e matérias primas.
A sucessão na FAO influenciará inclusive a trajetória de Lula que trabalhou intensamente nos bastidores da campanha, em contato com líderes e governos, sobretudo da África e América Latina. O líder brasileiro passa a ter na FAO uma âncora institucional para seus projetos de cooperação internacional para o desenvolvimento e luta contra a fome e a pobreza.
Para o governo Dilma, que se empenhou decididamente no deslocamento de ministros e do chanceler Patriota a vários pontos do planeta, numa ação centralizada no Itamaraty, é um trunfo da competência brasileira na articulação externa. Ele reafirma o Brasil como líder dos países pobres; um protagonista cada vez mais relevante de agenda do desenvolvimento no século 21. Algo que certamente desagrada os que torciam por uma derrota na FAO para transformá-la em suposta pá de cal na soberania diplomática construída nos 8 anos do governo Lula.
Fonte: Carta Capital 26/06/2011
*FAO - Food and Agriculture Organization of the United Nations ( Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação)
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