Nos seus 100 dias, Dilma corresponde à expectativa da maioria que a elegeu. E mostra que Lula estava certo: ela é realmente uma boa presidente da República. Está sendo aquilo que ele disse que ela seria (...)
Lendo nossa grande imprensa, fica-se com a impressão de que os bons números nas pesquisas de avaliação do governo vêm da diferença que existiriam entre ela e Lula. A seriedade, em oposição à imprudência; o gosto pelo trabalho, contra o fascínio pelo espetáculo; a racionalidade contra a emocionalidade.
Mas o mais provável é que venham do inverso, da percepção de que Dilma continua, a seu modo, um governo aprovado pela maioria do país. Fundamentalmente, de que ela cumpre o que prometeu na campanha.
Dois tipos de pessoas se espantam com a presidenta. Quem gostava de Lula, mas não a conhecia e ficou desconfiado, apesar de ele a avalizar. Quem não gostava do ex-presidente e não acreditou quando ele a apresentou como uma pessoa plenamente qualificada para o cargo.
Por isso, não é surpresa que sua avaliação seja tão positiva.
*Marcos Coimbra
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